“Eu sou uma fraude! Mais dia, menos dia, descobrirão que não sou tudo isso!”

Em algum momento, mesmo quando tudo parece bem, pensamentos de inadequação já rondaram sua mente, derrubando sua autoestima?

Muitas vezes, a situação pede celebração: uma promoção, um novo relacionamento que se apresenta sem grandes dificuldades, uma mudança de país desejada, mas uma voz não cala na mente:

  • Algo vai dar errado
  • Vão descobrir que não sou boa o bastante
  • Tenho a sensação de que estou enganando as pessoas
  • Não sei o que viram em mim
  • Sinto-me inadequada, parece que não me encaixo nesse lugar

Entre outras inúmeras falas… unida a uma sensação irrealista de inadequação, de que suas capacidades e habilidades estão sendo superestimadas pelos outros.

É a Síndrome da Impostora, prima irmã da baixa autoestima se apresentando.

Você não está sozinha! Vamos entender por que isso ocorre.

Em situações de grandes mudança e estresse é até esperado que a gente duvide de nossas capacidades. Porém, isso deve ser momentâneo, pois é o processo natural de adaptação mental e emocional.

Paradoxalmente, as situações tidas como as mais felizes, tais como casamento, nascimento de filhos, promoções, mudança de cidades, costumam ser também, acontecimentos desestabilizantes, ou seja, geradores de estresse.

Estresse é o “estado gerado pela percepção de estímulos que provocam excitação emocional e perturbam a regulação normal do organismo, levando-o a disparar um processo de adaptação caracterizado pelo aumento da secreção de adrenalina”.

Portanto, é o organismo tentando se adaptar à nova situação. O que não é normal é passar a vida duvidando de si, quando os resultados efetivos são outros.

O que é a Síndrome da Impostora?

As percepções relatadas acima são alguns dos sinais mais frequentes que compõem a chamada Síndrome da Impostora.

Termo documentado em 1978, como “Fenômeno da impostora em mulheres bem-sucedidas: dinâmicas terapêuticas”, pelas pesquisadoras Pauline R. Clance e Suzanne A. Imes.

Esse fenômeno está ligado à autopercepção intelectual de que se é uma farsa. Sendo gerador de dúvidas a respeito das próprias capacidades, habilidades e trazer uma sensação de não merecimento pelo que se conquista.

Embora, na maioria das vezes, as mulheres que a sentem sejam bem-sucedidas pelos padrões externos, internamente, elas sentem que seu sucesso foi devido a algum misterioso acaso, sorte ou grande esforço.

Elas nutrem o medo de que suas realizações sejam devido a “algum jeitinho” e não ao resultado de sua própria capacidade e competência. Nutrindo a certeza de que, a menos que se esforcem muito, o sucesso não poderá ser repetido.

Tudo isso, combinado com:

  • alto nível de cobrança,
  • autoexigência,
  • autossabotagem,
  • procrastinação,
  • perfeccionismo

O que acaba colaborando com uma tendência a: comparações, autodepreciação e ingratidão.

Mulheres com autoestima baixa são muito mais suscetíveis a sofrerem com essas sensações. Pois, naturalmente, elas já duvidam de si e de suas realizações, intensificando os quadros da “ansiedade de desempenho”, podendo levar até a estados depressivos.

Porém, esse fenômeno pode afetar também as mulheres com autoestima equilibrada, quando vivenciam as situações de mudança e estresse relatadas acima.

A diferença é que elas conseguem perceber de maneira mais ampla a situação e retomar aos fatos de forma mais rápida, saindo do fluxo mental de pensamentos sabotadores.

Mulheres que, frequentemente, participam de processos de autodesenvolvimento pessoal e profissional e estão periodicamente exercitando seu autoconhecimento, têm menos chances de sofrerem com os impactos da síndrome.

Dicas para lidar com a Síndrome da Impostora:

  • Auto-observação: cheque se os maus pensamentos sobre si podem ser comprovados;
  • Autoavaliação: desenvolva um olhar imparcial, técnico e externo sobre suas ações;
  • Pesquise: peça feedback para pessoas de sua confiança, clientes, chefes, amigos que tenham contato com seu trabalho;
  • Especialista: procure ajuda profissional para desenvolver seu autoconhecimento.

Se você vivencia experiências assim, venha conhecer o processo de autoconhecimento através da arteterapia, fazendo uma avaliação gratuita.

Compartilhe com as amigas que podem se beneficiar das informações. Seja uma mulher que apoia mulheres a se desenvolverem!!