O que afeta seu poder de decisão?

Nossa vida diária é permeada por decisões e escolhas. A todo instante, somos convidadas a escolher.

Algumas escolhas menores, como: tomo café, leite ou chá, durmo até mais tarde ou acordo mais cedo e vou treinar? Respondo à mensagem agora ou deixo pra depois?

Muitas vezes, nem nos damos conta dessas pequenas escolhas diárias, pois elas ocorrem de forma inconsciente.

Porém, outras mais impactantes, como: troco de emprego, me mantenho nesse relacionamento, entro naquele curso, caso, tenho filhos, mudo de cidade, entre outras?

Algumas dessas, muitas vezes se estendem por longos anos…

Por que é tão difícil decidir, se comprometer com algo e assumir uma direção?

Decidir envolve escolha, tomar partido por algo, eleger entre isso ou aquilo(s).

E quando optamos por algo, automaticamente, estamos renunciando ao outro(s) que pode ser tão ou mais interessante quanto o escolhido.

Dessa forma, nossa mente entende esse algo deixado de fora como perda. E nossa mente não lida bem com perdas, tendemos a dar preferência a NÃO perder do que a ganhar.

Toda escolha envolve uma renúncia. Renunciar exige segurança, autonomia, independência, maturidade e, principalmente, autoconhecimento.

Não perder a ganhar é manter-se na zona de conforto, ou melhor, na zona conhecida = eu sofro, mas já conheço!

Mas a vida não nos permite estagnar… muitas vezes, somos forçados a escolher por mudanças externas e vem logo a dúvida – será que fiz a escolha certa?

O que é uma escolha certa?

Será que há “uma escolha certa”? Essa dúvida surge porque buscamos evitar o erro, a falha, o fracasso, a possível perda e buscamos, portanto, as respostas certas – as certezas da vida.

E, muitas vezes, em busca da certeza, paralisamos (zona de conforto), não decidimos e deixamos que o acaso decida. Pois alguém sempre vai decidir.

Por exemplo, quando deixamos de planejar a saída de um emprego onde nos sentimos frustradas ou estagnadas e não nos preparamos e, mais dia, menos dia, uma demissão “inesperada” chega.

E então, somos levadas a tomar ações para “apagar o incêndio da ação inesperada” e essa ação vem carregada de emoções conflitantes.

Mas se pensarmos profundamente sobre o tema, sempre que o “acaso” toma a decisão, os sinais já estavam postos. Algo já dava indícios de que a mudança ia acontecer.

Porém, na maioria das vezes, adiamos as decisões, não nos preparamos para as mudanças. Geralmente, porque temos medo de encarar a realidade e enfrentar o problema.

Enfrentar a realidade exige assumir as rédeas da situação e fazer parte do problema, pois apenas sendo parte do problema, podemos ser parte da solução.

Encarar a situação é se predispor a analisar as ações que precisam ser feitas e escolher, renunciando às certezas, se abrindo para as possibilidades, ou seja, para as escolhas prováveis, não as “certas”.

O que dificulta nosso poder de decisão:

  • Não dedicar atenção adequada à situação/problema;
  • Acreditar que os problemas se resolverão ao acaso;
  • Ficarmos preocupadas com o impacto que a decisão pode causar, mas não analisarmos efetivamente prós e contras;
  • Ter medo de falhar, de críticas, julgamentos e arrependimentos;
  • Ser influenciada por opiniões externas (amigos, familiares, colegas de trabalho);
  • Ter crenças rígidas ou padrões culturais que nos limitam;
  • Ter uma mente fatalista, que pensa apenas nas consequências negativas;
  • Sofrer por antecipação, por falta de autoconhecimento e inteligência emocional;
  • Priorizar o prazer imediato.

O que está por trás desses comportamentos?

Muitas experiências negativas do passado podem impactar em nosso poder de decisão.

Se de alguma maneira, mesmo que em pequenas coisas, nos sentimos tolhidas ao escolher, sentindo a desvalorização de nossas vontades, isso pode ter criado uma barreira em nossa mente.

Se as normas e as regras eram rígidas e impostas, tudo era entregue “pronto”, sem muita interferência sua, minimizando sua ação, é provável que uma insegurança tenha se instalado em sua forma de agir diante de decisões que podem gerar maior impacto na sua vida.

O que fazer para mudar:

  • Exercite o autoconhecimento, busque entender o que faz ou não sentido em sua vida;
  • Desenvolva a inteligência emocional;
  • Busque a auto responsabilização, ou seja, assuma sua responsabilidade pelo problema e pela solução;
  • Delegue o que não é seu na situação;
  • Encare a realidade e decida enfrentar o problema;
  • Visualize o problema como um projeto a ser realizado;
  • Analise os prós e contras e busque informações para se embasar;
  • Não se deixa levar pela emoção, pense nos benefícios a longo prazo;
  • Não tenha medo de errar, encare tudo como aprendizado e evolução;
  • Formule metas e objetivos alcançáveis;
  • Mantenha um acompanhamento efetivo;
  • Peça ajuda se for difícil sozinha.

Quando nos responsabilizamos e assumimos as rédeas de nossa vida, tomar decisões passa a ser visto como aprendizado.

Essa forma de agir, amplia nossa visão sistêmica, fortalece nossa autonomia e autoconfiança, além de desenvolver nossa flexibilidade e criatividade diante dos desafios, gerando um olhar de aprendiz e uma leveza para enfrentar as adversidades da vida.

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