Como resgatar o empoderamento feminino? Uma reflexão sobre mulheres, patriarcado e maternidade
A história do Brasil da forma como conhecemos começou em 1500. Em nosso país, apenas em meados de 1867 teve início as primeiras turmas de educação feminina. Portanto, podemos considerar que a história educacional feminina tem menos de 150 anos.
No início do século passado, a estrutura vigente afirmava que o estudo para uma mulher não serviria para nada, pois sua função na sociedade era ser boa mãe e esposa, portanto, o que uma mulher deveria aprender era: cuidar da casa, do marido e de seus filhos.
Por esse recorte, é possível imaginar de onde vem os adjetivos: submissa, frágil, dona de casa e o papel principal exercido pela mulher: a maternidade.
Patriarcado
O sistema em que vivemos socialmente está baseado no Patriarcado, ou seja, estruturas, cultura e relações que favorecem os homens, em especial o homem branco, cisgênero (que é representado pelo sexo biológico masculino) e heterossexual. Em suma, uma sociedade em que, majoritariamente, as coisas foram criadas por e para os homens.
Numa sociedade patriarcal, prevalecem as relações de poder e domínio dos homens sobre as mulheres e todos os demais sujeitos que não se encaixam com o padrão considerado normativo de raça, gênero e orientação sexual.
Através desse recorte, é possível identificar que por muito tempo, o papel principal de uma mulher era a maternidade. Até hoje, aquelas que escolhem não exercer esse papel são vistas como “inadequadas”.
Dessa forma, a identidade feminina, por muito tempo, foi sendo construída com base na função do maternar.
A entrada no mercado de trabalho
No Brasil, a partir de 1930 (data próxima à Segunda Guerra Mundial), a presença da mulher no mercado de trabalho começou a crescer em razão do avanço dos processos de industrialização e do aumento da demanda por mão de obra. O que abriu espaço para que a mulher trabalhasse na indústria, no setor de serviços e no comércio, porém sempre com salários inferiores aos dos homens.
Mulher e Poder
Esse olhar é estrutural, político, social e cultural. O que podemos fazer individualmente, é começarmos a nossa própria mudança. Olhar para a sociedade, para toda a estrutura que conhecemos e usar nosso senso crítico. O que me serve e o que não me serve. Quem sou eu dentro dessa sociedade.
A partir do momento que me reconheço como um indivíduo de valor, reconheço minhas habilidades e capacidades, os desejos do meu coração, posso ir pra vida em busca de realizar meus sonhos e objetivos. Isso é retomar nosso Poder Pessoal.