Muitas vezes, é desafiador falar de processos de coaching, pois vemos muitas formas díspares de abordar o assunto.

Coaching – é um processo criativo que desperta nosso potencial adormecido

“O que o coach faz? Soprar brasas para ajudar as pessoas, grupos e equipes a aprender a estar em acordo consigo mesmo e a redesenhar os acordos que têm com o mundo; estar mais de acordo com a sua existência. Gerar novas respostas; parar de repetir. Arder na vida com tanta vontade que quem se aproximar também se acenda.” Leonardo Wolk, em seu livro Coaching a arte de Soprar Brasas

O coaching, por ser ainda, relativamente, novo, visto que foi em 1950 que se começou a usar o termo para designar habilidades próprias de liderança e desenvolvimento de pessoas, corre-se o risco de se deparar com muitas dúvidas e desentendimentos.

Se avaliarmos a origem do termo, temos coach sendo usado em 1500 para designar o cocheiro, os condutores de carruagens, ou seja:

AQUELE QUE CONDUZ ALGUÉM AO SEU DESTINO

Se olharmos para aquilo que de fato um processo de coaching se destina é:

CONDUZIR PESSOAS NUM PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL OU PROFISSIONAL, REFORÇANDO HABILIDADES PARA OBTER MELHORES RESULTADOS

Ou seja, um processo de coaching bem conduzido leva pessoas a:

  • Despertarem suas melhores habilidades, capacidades e talentos para gerar novas respostas e melhores resultados;
  • Refletirem sobre como suas ações impactam suas vidas;
  • Se reconectarem com sua essência adormecida, aquele saber interno que sabe a direção a ser seguida, sem buscar tantas referências externas e/ou comparações;
  • Desenvolverem autorresponsabilidade por suas ações, ou seja, deixar de ser vítima das situações;
  • Acolherem, sentirem e lidarem de uma maneira mais consciente com suas emoções;
  • Olharem as situações que se apresentam como aprendizado, oportunidade de melhoria, de mudar, como forma de perceber que, muitas vezes, se está seguindo um caminho inadequado, que a escolha feita até aqui não é mais condizente com sua Vontade Interna.
“As pessoas não resistem às mudanças, elas resistem a serem mudadas.” Peter Senge

Por que ainda temos tanto medo de mudar?

As mudanças podem mexer em feridas internas ainda não curadas. Podem trazer à tona nossos medos, inseguranças, vulnerabilidades, fragilidades. Mas se manter em uma situação por resistir à mudança gera estresse, estafa, ansiedade e pode levar a casos de depressão e síndrome de Burnout. A resistência aumenta a pressão e a tensão.

Um processo de coaching é recomendado quando nos deparamos com essas situações de tensão. Com as encruzilhadas da vida, aqueles momentos que precisamos escolher um caminho, mas não temos confiança para fazer a escolha sozinhos. Nesses momentos, o processo oferece um espaço de escuta ativa, apoio, reflexão, discussão e análise das melhores opções.

Ou quando estamos insatisfeitos com os resultados que estamos tendo, quando precisamos aperfeiçoar uma habilidade para alcançar uma promoção, ou quando não estamos mais felizes em realizar aquilo que antes nos dava muito prazer, mas ainda não sabemos como processar as mudanças.

A essência do processo é a comunicação, o diálogo e a realização de atividades que podem trazer luz às dúvidas e transformar a forma de ver a situação.

O processo oferece um local seguro para se questionar as estruturas rígidas, as verdades absolutas, os pensamentos ruminantes, os padrões, as crenças e as ações que podem estar nos impedindo de avançar.

Um processo de coaching transforma o observador que há em nós e promove a alquimia de nossa consciência, isto é, amplia a forma como enxergamos as situações, pois nos permite observar os fatos de um outro lugar e assim, ter escolhas mais efetivas.

Esse processo é uma oportunidade de desenvolvimento do próprio potencial, de investigar situações sem o peso de críticas ou julgamentos, compartilhar dores, pensamentos, sentimentos e gerar novos contextos e possibilidades.

Artigo escrito com base no livro Coaching a arte de Soprar Brasas de Leonardo Wolk,