Muitos comportamentos podem estar afetando a sua autoestima, perceba se eles fazem parte de sua rotina diária:
- Dúvidas quanto ao valor pessoal – quando não nos sentimos merecedoras de certos resultados
- Sensação de ser “uma fraude” ou “impostora” – um sentimento de que não se é digna das realizações e um temor de ser “desmascarada”
- Sentimentos de inadequação, não ser “boa o suficiente”
- Insatisfação com a aparência física, um desejo de ser diferente ou comparações negativas com outras pessoas
- Preocupação excessiva com a opinião dos outros, evitando situações sociais por medo de julgamento ou crítica
- Medo de tentar coisas novas, medo de falhar, buscando se manter na zona de segurança onde sente que tem o controle
- Dificuldade em aceitar elogios, sempre desviando ou minimizando suas realizações
Se esses comportamentos ou pensamentos fazem parte de sua rotina, é importante começar a refletir sobre seu autoamor e autovalor.
Autoestima é a avaliação emocional que fazemos acerca de quem somos.
Muitas vezes, mal interpretada, muitos a associam à superioridade, vaidade ou orgulho. Mas de fato, a autoestima se relaciona à nossa autoimagem, autoconceito e autoeficácia.
- Autoimagem: a imagem mental que construímos sobre quem somos e essa construção se baseia nas experiências vividas.
- Autoconceito: é o conjunto de conceitos e crenças que compõem o que pensamos que somos. Ao longo da vida, vamos formando os conceitos que nos moldam.
- Autoeficácia: uma sensação de que somos capazes de realizar e atingir nossos objetivos. A autoeficácia ocorre quando autoimagem e autoconceito são formados de uma forma realista. Quando conseguimos enxergar de fato quem somos, com habilidade e fragilidades.
Portanto, esse conjunto de conceitos que compõem a autoestima exerce uma influência importante em nossa vida pessoal, profissional e nos relacionamentos interpessoais, pois a forma como nos enxergamos e avaliamos, direciona o foco de nossas ações.
Prática de Autorregulação
Se alguns desses comportamentos têm afetado sua vida, veja algumas práticas que podemos ajudar a reverter a situação:
- Pelo menos uma vez na semana, reserve um tempo para você: reflita sobre os comportamentos que drenam sua energia e autoestima.
- Questione-se, eles realmente fazem sentido?
- Sinta se há algo que precisa ser libertado dentro de você. Algo que você vem guardando, segurando, se apegando desnecessariamente. Muitas vezes, nós nos apegamos às mágoas, as dores, e as fazemos nossas companheiras de jornada. Mas, isso é pesado demais. Inspire e prepare-se agora para soltar e perdoe-se. A sua versão do passado, não sabia o que você sabe hoje. Diga palavras de perdão a si mesma e sinta o peso ir se diluindo, junto com sua respiração.
- Faça algumas respirações profundas. Conecte-se com seu corpo. Sinta a vida fluindo em você através da respiração.
- Agora, busque coisas boas em você, podem ser pequenas coisas. Escreva, pelo menos, cinco qualidades, habilidades, atitudes, que são realmente incríveis em você.
- Após escrevê-las, leia-as em voz alta e perceba como se sente.
- Desenhe algo que represente esse sentimento.
- Em seguida, faça um gesto profundo de agradecimento por você ter chegado até aqui.
Muitas vezes, buscamos fora o que somente nós podemos nos proporcionar. Eu sei que isso parece ‘clichê’, mas pense bem… como é sua relação consigo mesma? Como você se trata? Você se prioriza? Qual é seu diálogo interno? Como você cuida daquilo que considera importante? Você se Re-conhece ou busca validação externa?
Assim, se você não se prioriza e não cuida de você, por que outra pessoa deveria cuidar? Por que uma amiga, um marido, namorado, mãe, pai, parente, deveria se importar, se você não se importa?
Portanto, é importante começar a desenvolver uma relação de amizade consigo mesma. Gostar da própria companhia e reconhecer que você é um ser completo, com falhas e qualidades, mas isso não delimita seu valor.
Se sozinha está difícil, busque apoio para desenvolver seu autoconhecimento.