Há muito tempo eu me interesso pelo comportamento humano, tanto que minha monografia na pós-graduação de Assessoria Executiva, em 2005, já falava sobre educação, valores e pensar diferente.
Sempre acreditei que eu precisava ser dona da minha vida e que não devia depender de ninguém para resolvê-la. Não no sentido de não precisar de ajuda, pois sempre precisamos, e sempre que me vejo em apuros, procuro auxílio. Mas, não devemos ficar a mercê de terceiros para “solucionar os problemas que nós mesmos criamos para nós, em razão das ESCOLHAS que fazemos”.
Sempre pautei minhas ações gerenciando as mudanças e pensando lá na frente, caso algo dê errado, o que eu posso criar, inventar? Qual será meu plano B, C ou D?
Sem ser piegas, crise pra mim, sempre foi sinônimo de oportunidade. E prefiro acreditar mais na abundância do que na escassez, pois é nessa energia que vibro.
Não que nunca tenha vivido períodos de crise, problemáticos, de querer parar o mundo… todos vivemos, mas nesses momentos é que surgem oportunidades, muita coisa boa é criada.
Haja vista a quantidade de Start up e empreendedores que surgem, principalmente, em períodos de crise.
Na área secretarial, por exemplo, o Secretariado Remoto ou Assistência Virtual, há sete anos, quase não se conhecia, não havia muita informação e hoje é um tema em ascensão.
Participo de vários grupos e vejo muitas pessoas criando, co-criando, inventando, reinventando e Se Reinventando.
É fácil? Não.
Dá trabalho? Sim.
Mas quem se dedica, se empenha e cria conexões, compartilha informações, cresce.
E quem fica se lamentando, vivendo da quantidade de graduações, pós e idiomas e dos áureos tempos em que havia mercado para se escolher, não sai do lugar.
Reclama do governo, da crise, do sindicato e “não faz parte do problema”; muito menos da solução.
Algumas pessoas enumeram títulos e reclamam que a profissão é mal representada, que há QI, que os salários são baixos, estão sem emprego, a concorrência é desleal, a profissão está prostituída, mas o que fazem além de reclamar?
Minarelli já dizia em seu livro Empregabilidade, em 1995, que deveríamos ser empregáveis. “Ter segurança profissional, hoje, é mais do que ter um emprego e um salário. É ter a possibilidade, a condição de conseguir trabalho e remuneração, independentemente da idade e de estar ou não empregado. É o que chamamos de empregabilidade, e que resulta da capacidade de prestação de serviço e obtenção de trabalho. Cultivar a empregabilidade é manter a posição de ser contratável por ser um provedor de soluções para as atuais demandas do mercado de trabalho. Essa é a grande transformação que garante uma carreira sustentável.”
Para mim, isso é também ser empreendedor. Ok, eu sei que nem todos têm perfil empreendedor, mas é preciso saber empreender a própria carreira e mais, a própria vida.
Se você fala vários idiomas, tem várias graduações e está desempregado, quem está com problema? Será que é o mercado ou é você que não está sabendo criar oportunidade? Saia da zona de conforto e tome ações diferentes, que te levarão a novos resultados.
Ah, mas eu sou over qualified! Sim, o mercado está difícil, as empresas estão em crise, estão pagando mal, tem funcionário trabalhando dobrado… e? O que você está fazendo?
Se por um lado eu vejo muita gente atirando pedras… por outro, eu tiro meu chapéu, pois há muito mais pessoas se Reinventando, por que assumiram riscos, deram a cara a bater, foram lá, e fizeram acontecer, quando não conseguiram sozinhas, buscaram ajuda, pois, às vezes, é mesmo difícil.
Ah, mas estou sem grana, não tenho dinheiro para investir… gente, eu vejo tanta gente fazendo permuta, tanto curso, palestra, grupo com atividades gratuitas… basta querer.
QUEM QUER, SEMPRE ARRUMA UM JEITO. QUEM NÃO QUER, SEMPRE ARRANJA UMA DESCULPA!
Oi Paula! Li seu artigo. Me identifiquei bastante. Estou passando por esta fase. Estou buscando me reinventar, qualificar com pouco recurso q obtenho.
Trabalho há 17 anos como secretária no Governo do Estado da Bahia, e, este por sua vez não oferece oportunidades para nossa categoria e hj eu vejo o qto perdi por não me desenvolver em particular.
E, aos 46 anos não adquirir minha independência financeira, pq? pq estava na zona de conforto e encontro-me com quase q sem bagagem profissional e sem saber por onde me destacar. Preciso de um plano B, preciso de um plano de ação.
Olá Rosângela, entendo sua angústia, mas você não deve se desesperar. Sempre é tempo para recomeçar. Sugiro que você leia os materiais da sessão e-books e me mande suas dúvidas. Farei o possível para ajudá-la em seus direcionamentos. Abraços e boa sorte, Paula Pilastri
Obrigada Paula. Farei isso. Manterei contato.