Dando continuidade ao tema dos quatro Pilares do Secretariado, vamos falar do perfil empreendedor. Empreendedorismo é a capacidade de idealizar, coordenar e realizar projetos ou serviços, bem como a iniciativa de gerar novos negócios ou mudanças em empresas já existentes, gerindo por meio de inovação e riscos.
Assim, empreendedor é a pessoa que toma a iniciativa de empreender, de ter um negócio próprio, que sabe identificar oportunidades e transformá-las em um negócio que gere lucro. Geralmente, é um indivíduo que possui características como criatividade, inovação, arrojo, e que sabe estabelecer estratégias para o futuro.
Outras qualidades importantes nesse perfil são independência, responsabilidade pelas próprias ações, não temer mudanças, ser movido por desafios e riscos e saber direcionar sua motivação para resultados. Assim, é fundamental que um empreendedor conheça suas habilidades e capacidades.
Quando falamos do profissional secretário dentro desse panorama, vejo o empreendedorismo além, acredito na necessidade de se empreender a própria carreira e aprender a enxergar possibilidades onde, aparentemente, apenas se vê adversidades.
Dedicando-se ao aprendizado contínuo pensando em longo prazo, planejando, pois quando se estabelece um plano de carreira é preciso desenhar todos os passos que se quer dar para atingir a meta maior.
Além disso, é preciso pensar na profissão não mais como um profissional que atua somente no mundo corporativo e sim que ela abre um amplo campo de atuação, como hoje há o secretariado remoto, a docência, a pesquisa acadêmica, a mentoria, entre outros. Essas atividades são frutos da inovação, da mudança de mercado e da transformação da mentalidade de alguns profissionais, bem como da necessidade.
Minarelli já dizia em seu livro Empregabilidade, em 1995, que deveríamos ser empregáveis, isto é, “ter segurança profissional, hoje, é mais do que ter um emprego e um salário. É ter a possibilidade, a condição de conseguir trabalho e remuneração, independentemente da idade e de estar ou não empregado. É o que chamamos de empregabilidade, e que resulta da capacidade de prestação de serviço e obtenção de trabalho. Cultivar a empregabilidade é manter a posição de ser contratável por ser um provedor de soluções para as atuais demandas do mercado de trabalho. Essa é a grande transformação que garante uma carreira sustentável.” (grifo meu)
Nesse viés, acredito que é fundamental nos ocuparmos com o desenvolvimento de nossas potencialidades para entender de que forma estamos oferecendo ao mundo nossa melhor expressão. Estamos aptos a reconhecer nosso potencial técnico, intelectual, humano e social e coloca-los à disposição da sociedade apresentando as melhores soluções aos problemas que aparecem?
Acredito que o diferencial de qualquer profissional hoje seja inovação, autoconhecimento, relacionamento interpessoal e intrapessoal, além de aprendizagem contínua.
Como diria Steve Jobs, inovação é “pensar diferente”. Pensar diferente sobre a carreira, sobre o mercado, a profissão, sobre si, as dificuldades e as oportunidades. Nós estamos acostumados a buscar as semelhanças, mas é com as diferenças que crescemos. Se eu tiver uma ideia e você tiver outra, um bate papo pode gerar três ideias, a minha, a sua e uma nova. Mas quando pensamos da mesma forma, não há crescimento, nem expansão.
O quarto pilar é a consultoria, que vem a ser a “prestação de serviço, realizada por um profissional especializado, em diagnosticar situações com o intuito de mapear, identificar e implementar ações que visam a melhoria dos processos existentes”. Assim, de acordo com Solange Giorni, um “consultor aprimora e reorganiza a empresa”.
Dessa forma, para que o consultor possa aprimorar e reorganizar uma empresa ele precisa ter vivência e amplo conhecimento de sua área de atuação, visão sistêmica dos processos, ser agente de mudanças, ter pensamento estratégico, ser generalista e saber lidar com diversos perfis. Além de conhecer o perfil, a missão, o negócio e o cenário em que a empresa está inserida.
Os pilares de empreendedorismo e consultoria permitem ao profissional ousar em sua atuação, saindo do senso comum daqueles que buscam uma formação e procuram se estabelecer em empresas já consolidadas. A meu ver, esses dois pilares correspondem aos profissionais que estão inovando em suas atuações, sejam por necessidade ou por não se encaixarem nos padrões impostos por determinadas empresas.
E você, como vê esse tema? Em que pilar você se encontra? Compartilhe comigo suas experiências.
Se você não leu a primeira parte do assunto, acesse aqui.
Precisa repensar sua carreira? Fale comigo, tenho um longa carreira no secretariado e em gestão de pessoas.